Pois é, resolvi postar um poema meu, só pra ver no que dá. Este aqui, foi publicado na XII Antologia Poética Hélio Pinto Ferreira, em 1998.
Ainda ouço a risada irônica do bufão
quando roubou de um cavaleiro a caneca de cerveja
e adicionou-lhe uma dose
de licor de cereja.
Por isso, até lhe poupou a sorte o cavaleiro,
não fosse ele inimigo da morte,
porque até lhe agrada
beber cerveja e coisa forte.
Mas, quando viu o bufão, triste infeliz,
a flertar com sua dama
como qual fosse meretriz,
fechou o punho e quebrou-lhe o nariz.
Quando o bufo mequetrefe veio ao chão,
rogou pragas ao cavaleiro
e prometeu vingar-se da humilhação.
Sacou então o cavaleiro sua espada
e atravessou-lhe o bufo coração.
Porque bufão enquanto dança
é alegre e não descansa
mas quando bebe e enche a pança
vai além donde a paciência alcança.
A dama, no entanto,
chorou sobre a bufa carcaça
e bradou perante todos que,
pelo cavaleiro, nunca fôra casta.
Restou-lhe então a fama
de cavaleiro bom de espada
mas bufão de cama.
Esse poema é inspirado naqueles poemas medievais, cantados pelos bardos, contando as façanhas heróicas dos cavaleiros e nobres, aqui devidamente ironizado como uma chanchada.
Ainda ouço a risada irônica do bufão
quando roubou de um cavaleiro a caneca de cerveja
e adicionou-lhe uma dose
de licor de cereja.
Por isso, até lhe poupou a sorte o cavaleiro,
não fosse ele inimigo da morte,
porque até lhe agrada
beber cerveja e coisa forte.
Mas, quando viu o bufão, triste infeliz,
a flertar com sua dama
como qual fosse meretriz,
fechou o punho e quebrou-lhe o nariz.
Quando o bufo mequetrefe veio ao chão,
rogou pragas ao cavaleiro
e prometeu vingar-se da humilhação.
Sacou então o cavaleiro sua espada
e atravessou-lhe o bufo coração.
Porque bufão enquanto dança
é alegre e não descansa
mas quando bebe e enche a pança
vai além donde a paciência alcança.
A dama, no entanto,
chorou sobre a bufa carcaça
e bradou perante todos que,
pelo cavaleiro, nunca fôra casta.
Restou-lhe então a fama
de cavaleiro bom de espada
mas bufão de cama.
Esse poema é inspirado naqueles poemas medievais, cantados pelos bardos, contando as façanhas heróicas dos cavaleiros e nobres, aqui devidamente ironizado como uma chanchada.
Um comentário:
Congratulações, boa imaginação e boa rima. Sem ironia!
Postar um comentário